quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Corrupção do país se reflete no futebol, diz autor de ‘freakonomics’ do esporte


As classificações brasileiras nos rankings mundiais de futebol e de corrupção são muito diferentes. Líder na lista da Fifa e vitorioso no esporte mais popular do país, o Brasil ocupa o 75º lugar sobre percepção de corrupção, segundo a organização não-governamental Transparência Internacional. Apesar do aparente contraste, no âmbito interno, a corrupção da sociedade invade o futebol, trazendo desconfiança e escândalos que podem ser percebidos na quantidade de reclamações a respeito das arbitragens e nas supostas "malas brancas" neste fim de Campeonato Brasileiro. Esta análise faz parte do livro “Soccernomics”, que acaba de ser lançado em edição em inglês e que incorpora a análise de dados, a estatística, a matemática, a economia e até a sociologia para entender o futebol e como ele reflete as sociedades. Escrita por Simon Kuper e Stefan Szymanski, a obra está sendo considerada o equivalente do futebol ao “Freakonomics”, em referência ao Best-seller de Steven Levitt e Stephen J. Dubner, que expõem a economia excêntrica na vida cotidiana das pessoas. No livro, Kuper alega que a matemática comprova que quanto mais rico o país, melhor a média de vitórias da seleção dele, e que um bom técnico e muito dinheiro gasto em contratações costuma não fazer tanta diferença para um time. “Isso não funciona em todas as partidas, mas como regra há uma estatística que comprova. É uma regra. Descobrimos que o dinheiro gasto com a transferência de jogadores é menos relevante de que os salários pagos pelos clubes aos atletas. Quanto melhores os salários dos jogadores, melhor costuma ser a performance do clube.”




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