A prova da primeira etapa do concurso não será anulada, segundo o gerente-geral de articulação da Secretaria de Defesa Social (SDS), Caetano Cysneiros. Ele informou que as irregularidades constatadas não chegaram a comprometer o processo seletivo. Para o gerente, o fato de os candidatos terem conseguido entrar nos prédios com documentação fraudulenta e aparelhos eletrônicos, burlando os detectores de metais, não justificam a anulação.
“Essas coisas acontecem em qualquer concurso. Usamos todo nosso equipamento e pessoal para identificar os problemas e eliminar os candidatos. Tudo será investigado e a seleção continua”, afirmou. O coordenador do Instituto de Apoio da Universidade de Pernambuco (Iaupe), Gledston Emerenciano, disse não acreditar que tenha ocorrido vazamento de provas. Segundo ele, os gabaritos recebidos nos celulares foram repassados após as 11h15, quando os candidatos foram liberados para deixarem as salas.
“Não há porque pedir anulação. Os agentes abordaram as pessoas a tempo de evitar danos maiores. Os suspeitos foram sumariamente eliminados”, disse Emerenciano. O suposto vazamento de gabaritos, contudo, será investigado, segundo a SDS. “Se for confirmado, nos reuniremos com a comissão organizadora para definir a situação”, disse o gerente da SDS, Caetano Cysneiros.
A primeira etapa do concurso foi realizada em 15 prédios e contou com oito mil fiscais. Ao todo, 103.015 pessoas se inscreveram. A comissão organizadora registrou a ausência de 3.700 candidatos, um percentual de abstenção de 3,5%. O salário inicial para os aprovados é de R$ 1.210,28.
Alguns candidatos que perderam a prova por causa de atraso se queixaram de falta de orientação. Nos prédios da Faculdade Maurício de Nassau, nas Graças, Zona Norte do Recife, muitos concorrentes tiveram dificuldades de localizar os blocos corretos. Apesar da corrida para tentar chegar a tempo, alguns perderam o exame.
“Cheguei cedo e entrei em um bloco. Depois de muito tempo me informaram que estava no lugar errado. Faltou suporte para os candidatos”, disse a estudante Marcela Rejane de Oliveira, 20. Ela chegou no local correto depois do horário de fechamento dos portões, às 8h, por conta da confusão.
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